No complexo panorama trabalhista do México, várias facetas, como a participação da população economicamente ativa, a situação dos jovens no emprego, as disparidades de gênero, a problemática do trabalho infantil, os salários e sua distribuição, bem como a migração laboral, a presença na indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e a inclusão laboral de pessoas com deficiência, delineiam um cenário multifacetado.
A pandemia deixou uma marca significativa, com milhões de empregos perdidos, especialmente no setor informal e entre os jovens, embora se observe um processo gradual de recuperação. Esta visão geral do emprego no México nos convida a refletir sobre os desafios e oportunidades enfrentados pelo país em questões trabalhistas.
Taxa de ocupação e população economicamente ativa
1. A população economicamente ativa (PEA) é de 60,7 milhões de pessoas (59,9%). (INEGI)
2. A população não economicamente ativa é de 40,7 milhões de pessoas. (INEGI)
3. A população desempregada é de 1,6 milhão de pessoas e a taxa de desemprego (TD) é de 2,6% da PEA. (INEGI)
4. A população ocupada em microempresas é de 703 mil pessoas; em estabelecimentos pequenos, 412 mil e em grandes, 115 mil. (INEGI)
5. A população subocupada é de 4,7 milhões de pessoas e representou 8% da população ocupada. (INEGI)
6. As taxas mais altas de informalidade trabalhista por entidade federativa foram relatadas em Oaxaca (81,5%), Guerrero (77,4%) e Chiapas (75,4%). (INEGI)
7. As taxas mais baixas de informalidade trabalhista foram registradas em Coahuila de Zaragoza (33,8%), Chihuahua (36,1%), Baja California (36,7%) e Nuevo León (36,9%). (INEGI)
8. A taxa de ocupação no setor informal permaneceu estável no primeiro e segundo trimestres de 2023, permanecendo em 28,2%. No entanto, houve um leve aumento no terceiro trimestre, atingindo 28,3%. (INEGI)
9. Em 2023, o percentual da população de 15 anos ou mais em informalidade trabalhista permaneceu relativamente estável, diminuindo ligeiramente de 55,2% no primeiro trimestre para 55,0% no terceiro trimestre. (INEGI)
10. As cidades com as maiores taxas de subocupação foram: Ciudad del Carmen (21,1%), Tlaxcala (15,2%), Coatzacoalcos (14,7%), Cidade do México (12,4%), León (11,7%) e Tapachula (11%). (INEGI)
11. 11% da força de trabalho potencial não está empregada.. (IMCO)
Juventude e emprego
12. 700.000 pessoas com idades entre 20 e 29 anos procuram emprego, mas não encontram. (EL ECONOMISTA)
13. A taxa de desemprego entre os jovens é de 5,3%. (EL ECONOMISTA)
14. Apenas 4 em cada 10 jovens têm acesso ao sistema de poupança para aposentadoria. (EL ECONOMISTA)
15. 48,8% dos jovens empregados trabalham entre 38 e 48 horas por semana. (IMCO)
16. 44,9% dos jovens empregados ganham um salário mínimo ou menos.(IMCO)
17. 83% dos jovens não estão disponíveis para trabalhar. (IMCO)
18. 2 em cada 10 jovens estão disponíveis para trabalhar, mas não procuram emprego. (IMCO)
19. 61,2% dos jovens já trabalharam em algum momento. (INEE)
20. 79,6% dos jovens estão satisfeitos com seu trabalho. (INEE)
21. 28,6% dos jovens empregados se dedicam apenas ao seu emprego. (INEE)
Trabalho infantil
22. 3,7 milhões de crianças e adolescentes estão em ocupações perigosas ou não adequadas para sua idade. (EL ECONOMISTA)
23. 59,5% das crianças que trabalham são do sexo masculino e 40,5% são do sexo feminino. (EL ECONOMISTA)
24. O trabalho infantil aumentou 14% entre 2019 e 2022. (EL ECONOMISTA)
25. 33,3% das crianças trabalham em apoio a atividades agrícolas, pecuárias, de caça e pesca. (EL ECONOMISTA)
26. 25,7% trabalham na mineração, construção e indústria. (EL ECONOMISTA)
27. 15% trabalham como comerciantes ou funcionários de vendas. (EL ECONOMISTA)
28. Foram registrados 34.805 casos de acidentes de trabalho graves. (EL ECONOMISTA)
29. 32% das crianças trabalham por prazer ou para ajudar. (INEGI)
30.23% das crianças trabalham para pagar sua escola e/ou suas próprias despesas. (INEGI)
31. 7% das crianças trabalham porque suas famílias precisam de sua contribuição econômica. (INEGI)
32. Quase 50% das crianças que trabalham não recebem renda. (INEGI)
Salários
33. O salário médio mensal é de $5,71k MXN. (GOBIERNO DE MÉXICO)
34. 47% dos trabalhadores ganham o equivalente a 1 salário mínimo. (EL ECONOMISTA)
35. 39% dos trabalhadores ganham entre 1 e 2 salários mínimos. (EL ECONOMISTA)
36. 10% dos trabalhadores ganham de 2 a 3 salários mínimos. (EL ECONOMISTA)
37. 4% dos trabalhadores ganham 4 salários mínimos. (EL ECONOMISTA)
38. 1% dos trabalhadores ganham 5 salários mínimos. (EL ECONOMISTA)
39. 45% dos mexicanos têm um salário insuficiente para superar a pobreza. (FORBES)
40. Mais de 9 milhões de mexicanos recebem salários insuficientes apesar de terem um emprego formal. (FORBES)
41. Sinaloa é o estado com o maior número de salários precários, com 62,6%. (FORBES)
42. Os seguintes estados com salários precários são Guerrero, com 61,7%; Oaxaca, com 60,9%; Durango, com 58,5%; Chiapas, com 56,6%; Tlaxcala e Michoacán, ambos com 56,2%; e Nayarit, com 55,3%. (FORBES)
Os empregos com mais trabalhadores e suas características
43. A ocupação com o maior número de trabalhadores foi "Vendedores, atendentes e balconistas" com 3,62M de trabalhadores. (GOBIERNO DE MÉXICO)
44. Os vendedores, atendentes e balconistas têm uma média salarial de $3,64K MXN. (GOBIERNO DE MÉXICO)
45. Os vendedores, atendentes e balconistas trabalham em média 44,2 horas por semana. (GOBIERNO DE MÉXICO)
46. A segunda ocupação com mais trabalhadores é "Comerciantes em estabelecimentos" com 2,93M de trabalhadores. (GOBIERNO DE MÉXICO)
47. A idade média dos comerciantes em estabelecimentos é de 48,3 anos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
48. Os melhores salários dos comerciantes em estabelecimentos estão em Sinaloa ($9,62k MXN), Baja California Sur ($8,86k MXN) e Durango ($7,79k MXN). (GOBIERNO DE MÉXICO)
49. A terceira ocupação com mais trabalhadores é "Trabalhadores de apoio em atividades agrícolas", com um total de 2,22M. (GOBIERNO DE MÉXICO)
50. O salário médio dos trabalhadores de apoio em atividades agrícolas é de $3,46k MX trabalhando 35,6 horas por semana. (GOBIERNO DE MÉXICO)
51. A idade média dos trabalhadores de apoio em atividades agrícolas é de 36,6 anos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
52. 100% dos trabalhadores de apoio em atividades agrícolas em Yucatán são trabalhadores informais (16k de 16k). (GOBIERNO DE MÉXICO)
Emprego e Migração Laboral
53. 1 em cada 3 mexicanos que emigraram o fizeram por motivos de trabalho. (SCIELO)
54. 66,2% dos migrantes de retorno dos Estados Unidos faziam parte da População Economicamente Ativa. (GOBIERNO DE MÉXICO)
55. Dos migrantes de retorno dos Estados Unidos, 45.480 são mulheres e 231.406 são homens. (GOBIERNO DE MÉXICO)
56. Os principais setores de inserção laboral para mulheres imigrantes são serviços (53,2%) e comércio (27,4%). (GOBIERNO DE MÉXICO)
57. Os principais setores de inserção laboral para homens imigrantes são serviços (30%) e agricultura (23,7%). (GOBIERNO DE MÉXICO)
58. 72% dos migrantes para os Estados Unidos não possuem documentos que os autorizem a trabalhar no país. (SCIELO)
59. 21,9% dos migrantes para os Estados Unidos possuem green card ou algum outro documento. (SCIELO)
60. 73.038 dos estrangeiros no México são trabalhadores fronteiriços. (SCIELO)
61. 1/4 da população opina que "quando há desemprego, o emprego deve ser negado a pessoas estrangeiras".. (EL ECONOMISTA)
62. O PIB poderia crescer até 7% se o talento migrante fosse aproveitado. (EL ECONOMISTA)
Emprego na Indústria de TIC
63. Aproximadamente 1.550.000 pessoas estão formadas em ciências da computação. (EL ECONOMISTA)
64. 76% das pessoas formadas em ciências da computação desenvolveram uma atividade econômica. (EL ECONOMISTA)
65. 2% da população está envolvida na indústria de TIC. (EL ECONOMISTA)
66. 77% dos trabalhadores da indústria de TIC são homens. (EL ECONOMISTA)
67. A formação de especialistas em TIC leva em média entre 4 e 5 anos. (EL ECONOMISTA)
68. Os profissionais de TIC trabalham principalmente como profissionais e técnicos (55%), em atividades de escritório (14%), em tarefas relacionadas ao comércio (10%) ou ocupando cargos de liderança como funcionários e diretores (7%). (INEGI)
69. Os profissionais de TIC desenvolvem seu trabalho principalmente de forma subordinada e remunerada (86%), seguidos por aqueles que trabalham por conta própria (10%) e aqueles que são empregadores (3%). (INEGI)
70. 84 em cada 100 profissionais de TIC têm acesso a serviços médicos, 89 têm acesso a outros tipos de benefícios e 70 têm um contrato escrito de base, permanente ou tempo indeterminado. (INEGI)
71. 7 em cada 10 profissionais de TIC têm entre 20 e 39 anos de idade, 2 têm entre 40 e 49 anos e 1 tem 50 anos ou mais. (INEGI)
72. Os profissionais de TIC recebem em média $69 por hora e trabalham em média 42 horas por semana. (INEGI)
Emprego e Pandemia
73. Durante a pandemia, foram perdidos 12,5 milhões de empregos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
74. 10,4 milhões dos empregos perdidos eram informais. (GOBIERNO DE MÉXICO)
75. 2,1 milhões dos empregos perdidos eram formais. (GOBIERNO DE MÉXICO)
76. 63% dos empregos perdidos estavam em setores de serviços. (GOBIERNO DE MÉXICO)
77. 242 mil empregos perdidos durante a pandemia afetaram jovens de 15 a 34 anos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
78. 47% dos empregos perdidos tinham entre 15 e 44 anos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
79. 56% dos empregos perdidos tinham salários entre um e dois salários mínimos. (GOBIERNO DE MÉXICO)
80. 64% dos empregos perdidos durante a pandemia foram recuperados. (KONFÍO)
81. Dos 12 milhões de pessoas que deixaram o mercado de trabalho em abril, 7,8 milhões voltaram ao mercado de trabalho. (KONFÍO)
82. Atualmente, a população ocupada é 3,5 milhões maior do que antes do impacto da pandemia. (EL ECONOMISTA)
Gênero e emprego
83. 40,6% dos trabalhadores são mulheres e 59,4% são homens. (GOBIERNO DE MÉXICO)
84. A taxa de participação de homens e mulheres no trabalho doméstico não remunerado foi de 96,1% e 65,4%, respectivamente. (GOBIERNO DE MÉXICO)
85. A participação econômica remunerada mostra uma lacuna significativa, com 45,95% para mulheres e 76,32% para homens. (GOBIERNO DE MÉXICO)
86. A taxa de desemprego é de 2,72% para mulheres e 2,62% para homens. (GOBIERNO DE MÉXICO)
87. Os homens têm um salário médio por hora de $52,20, enquanto as mulheres ganham $50,84. (GOBIERNO DE MÉXICO)
88. Em média, os homens trabalham 44,51 horas por semana e as mulheres trabalham 37,33 horas. (GOBIERNO DE MÉXICO)
89. A taxa de aposentadoria mostra uma diferença marcada, com 30,68% para homens e 14,06% para mulheres. (GOBIERNO DE MÉXICO)
90. 13,9% dos trabalhadores em níveis altos de uma empresa são mulheres. (EL ECONOMISTA)
91. 38% da força de trabalho é representada por mulheres. (EL ECONOMISTA)
92. 54% das empresas estabeleceram metas de representação de gênero. (EL ECONOMISTA)
Emprego e Deficiência