A concorrência entre os polos de empreendedorismo europeus não para de crescer.
Berlim, Paris, Londres e Lisboa enfrentam, agora, Oslo (Noruega), que se encontra na 8ª posição entre os países com maior facilidade de se fazer negócios no planeta.
O fundador e CEO da Katapult Accelerator, Haakon Brunell, afirmou, em entrevista à revista PEGN, que sua aceleradora já apoiou 23 startups globais, e que cada uma recebeu até US$ 150 mil em troca de 8% de participação no negócio.
São bem-vindas as startups que desenvolvam soluções socioambientais utilizando novas tecnologias de inteligência artificial, blockchain, realidade virtual e internet das coisas (IoT).
A aceleradora conduz os fundadores a uma imersão de 3 meses em Oslo. Os empreendedores selecionados também têm acesso a 120 mentores de alto impacto, além de serem auxiliados no processo de captação de investimentos.
Segundo Brunell, grande parte dos esforços é no sentido de ajudar os fundadores das startups a se conectarem com investidores e potenciais clientes. Para isso, os founders contam com orientação personalizada durante a aceleração.
Primeira colocada em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e 3ª em PIB per capita, a Noruega vem apresentando um crescimento econômico robusto ao longo dos últimos anos.
O país escandinavo quer se tornar o ponto de encontro das startups de alto impacto e, de acordo com pesquisa recente, ocorreu um incremento de 160% nos investimentos em empresas disruptivas apenas em 2017.
Apesar do alto custo de vida típico de um país nórdico, a Noruega aposta na baixa tributação quando se trata de atrair talentos internacionais.
Entre as startups selecionadas nas duas primeiras edições do programa de aceleração, destacou-se uma que utiliza inteligência artificial para melhorar a qualidade dos medicamentos distribuídos em países em desenvolvimento.
Outro dos negócios selecionados é uma plataforma de e-commerce que facilita a venda de medicamentos de pequenas empresas no mercado africano.
Os principais negócios de interesse da Katapult Accelerator são as energias limpas, as cidades inteligentes, educação, saúde, inclusão democrática e economia circular.
A 3ª Rodada busca startups brasileiras
Na 2ª rodada de startups aceleradas, em fevereiro de 2018, inscreveram-se 1,5 mil candidatos, dos quais 126 eram da América do Sul. Dos sul-americanos, havia apenas 14 brasileiros.
Haakon Brunell, fundador e CEO da Katapult Accelerator
Segundo o fundador da aceleradora, “com uma das maiores economias do mundo, o Brasil é, de muitas maneiras, a principal força motriz da América do Sul. Adoraríamos contar com uma startup brasileira em uma próxima rodada”.
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